Missões
Apresentando Missões para as crianças
Por Keli Talita Hollanda
Para trabalhar a visão missionária das crianças, precisamos partir do conceito geral do que significa o termo Missão, para o específico da obra missionária de pregar o Evangelho a outros. Então, podemos explicar a elas que Missão é uma tarefa a ser cumprida; uma incumbência/trabalho que alguém tem a responsabilidade de realizar. Dentro dessa perspectiva, devemos narrar a elas o momento da grande comissão deixada por Jesus para seus discípulos (Mt. 28: 18 a 20) e lhes dizer que essa missão é também responsabilidade dos discípulos Dele hoje, que são todos aqueles que creram Nele e receberam Sua salvação e que ela só vai terminar quando Ele voltar para buscar os Seus.
O próximo passo é apresentar às crianças as bases bíblicas, isto é, outros textos e referências que falem acerca da Obra redentora de Jesus e que confirmem a atribuição dada a nós de comunicar o amor de Deus a outras pessoas. Vejamos alguns exemplos:
• Histórias bíblicas de crianças que foram testemunhas do Senhor para com outros como, por exemplo, a serva de Naamã (II Reis 5) e o pequeno Samuel (I Samuel 1 a 3).
• Histórias bíblicas de missionários, como a do apóstolo Paulo e de Jonas.
• Ensinamentos de Jesus, como a Parábola do Semeador (Lucas 8:5-15).
• Versículos bíblicos:
✓ “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas.” (Salmos 96:3)
✓ “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
✓ “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6)
✓ “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9)
✓ “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)
✓ “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8)
✓ “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:14-16)
✓ “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Romanos 10:14,15)
Depois de trabalhar bem com as crianças acerca dos fundamentos bíblicos sobre a obediência à ordenança de Jesus de sermos embaixadores do Evangelho nesse mundo, podemos apresentar a elas as informações gerais sobre a realidade missionária em nosso país e no mundo e ajudá-las a enxergar a Obra Missionária como uma tarefa que elas podem, desde já, começar a desenvolver. É importante que elas tenham um conceito realista e prático de Missões.
Vamos pensar, então, em algumas estratégias para isso?
1) Encorajar as crianças a iniciativas que podem ter para testemunhar de Jesus em diferentes contextos de sua própria realidade (em casa com familiares, com colegas da escola, com vizinhos etc.) e desafiá-las, de diferentes formas (histórias, tarefas, atividades), a colocar isso em prática.
2) Promover atividades evangelísticas em grupo, como: entrega de folhetos, programações especiais com enfoque evangelístico para que convidem colegas não-crentes, apresentações musicais em instituições ou locais públicos, visitas a famílias carentes para evangelização e doação de alimentos, roupas, brinquedos etc.
3) Dentro das possibilidades, incentivar a participação das crianças em Projetos ou Viagens Missionárias promovidos pela igreja local.
4) Apresentar as agências missionárias que temos e explicar como se dá o processo de preparo e envio de missionários aos campos e o papel das agências nesse processo e no suporte a eles.
5) Apresentar os desafios missionários dos campos e as possibilidades de envolvimento reais (contatos com os missionários via e-mail ou mensagens em WhatsApp, por vídeos ou ligações).
6) Organizar campanhas permanentes de oração e de levantamento de ofertas para um determinado projeto, agência, campo ou missionário (os cofrinhos missionários são um bom recurso para isso).
7) Trabalhar com murais de fotos (Quadros Missionários) e de mapas, identificando locais de maior carência e de menor taxa de evangelização no Brasil e no mundo, com desafios de oração e de contribuição.
8) Organizar Conferências Missionárias Infantis na igreja, com um programa intensivo sobre Missões, decorando o ambiente, apresentando fotos, histórias missionárias, artesanatos, dinâmicas e atividades integradas acerca desse tema.
9) Organizar uma apresentação de música e teatro com temática em Evangelismo / Missões.
10) Organizar uma Gincana Missionária para toda igreja, incluindo a participação das crianças.
11) Organizar um Cinema Missionário, com vídeos e filmes de histórias e de desafios reais dos campos.
12) Promover visitas de missionários ao Dep. Infantil, para que as crianças possam entrevistá-lo e ter um tempo especial com eles.
Precisamos nos lembrar que, para incentivarmos nossas crianças ao envolvimento com a Obra Missionária temos que, primeiramente, amá-la e estar também envolvidos nesse propósito de fazer o nome de Cristo conhecido. As crianças sempre corresponderão melhor ao que ensinamos, se de fato esse ensino for uma verdade testemunhada em nós.
“Nada transmite mais uma paixão por alcançar o mundo do que um professor que demonstra fome de Jesus e de alcançar os perdidos. Nunca subestime o efeito da vida de um professor zeloso sobre nossos alunos.”
“Nossos esforços na sala de aula podem incendiar os corações de nossos alunos com o desejo de alcançar os outros com o evangelho – desde pessoas em seu bairro até os grupos de povos não alcançados do mundo.”
(Reju e Machowski em Ministério Infantil, fundamento e prática – pgs. 44 e 45)